OMS nega aval a cigarro eletrônico para combater vício

PUBLICIDADE

Por JAMIL CHADE
Atualização:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que não dará seu aval para a utilização dos cigarros eletrônicos, vendidos no Brasil e em outros países. O produto é vendido como um método seguro para deixar de fumar. O aparelho foi desenvolvido na China e funciona da mesma forma que os adesivos e chicletes de nicotina, liberando aos poucos a substância ao fumante. A diferença do cigarro eletrônico em relação aos outros produtos, porém, é a simulação do ato de fumar. Para especialistas, isso poderia ajudar as pessoas a largar o vício. O cigarro chega até a emitir fumaça, ainda que de vapor. A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Saúde alertou que empresas que comercializam o produto usam de forma ilegal o logotipo da OMS em suas publicidades. "O produto ainda não foi testado corretamente e nem mesmo conta com garantias sanitárias mínimas", afirmou o diretor da área de tabaco da OMS, Douglas Bettcher. "Sabemos que o aparelho tem nicotina e muitos outros elementos que ainda não sabemos identificar, mas que sabemos que entram diretamente aos pulmões", disse. Bettcher também deixou claro que a OMS ainda não realizou seus testes para saber se o produto é nocivo à saúde. "A OMS não considera o cigarro eletrônico como uma terapia legítima para deixar de fumar. Portanto, a agência não o apóia e pede às empresas implicadas que retirem imediatamente o logotipo de seus anúncios", disse o diretor. A OMS não descarta ainda abrir ações legais contra as empresas. Além do Brasil, o cigarro eletrônico já está à venda no Canadá, Finlândia, Israel, Líbano, Holanda, Suécia, Turquia e Grã-Bretanha.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.