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Onda de ataques a imigrantes já matou 56 na África do Sul

Governo calcula que 30 mil pessoas abandonaram suas casas em duas semanas de conflitos no país

Por BBC Brasil
Atualização:

A onda de ataques contra imigrantes na África do Sul deixou 56 mortos e 650 feridos nas últimas duas semanas, de acordo com dados anunciados pelo ministro de Segurança da África do Sul, Charles Nqakula, nesta segunda-feira, 26. Ainda segundo o ministro, no mesmo período, cerca de 30 mil pessoas deixaram as suas casas de maneira forçada ou simplesmente por medo de serem atacadas. Veja também: Milhares marcham contra a xenofobia na África do Sul Saudosistas do apartheid alimentam violência, diz África do Sul Violência na África do Sul chega à Cidade do Cabo Informações de agências humanitárias que atuam na região indicam que grandes números de imigrantes, principalmente do Zimbábue, que viviam na África do Sul estão indo para Zâmbia, Moçambique e Botsuana. O governo de Moçambique afirmou que milhares de moçambicanos que residiam na África do Sul voltaram ao país para escapar da violência. Crise   De acordo com o ministro Nqakula, as autoridades sul-africanas fizeram mais de 1,3 mil prisões relacionadas com os ataques e instituíram tribunais especiais para lidar com a crise. No domingo, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, disse que os ataques ameaçam levar o país de volta a um passado de conflitos violentos. O presidente vinha recebendo críticas pela reação supostamente lenta aos ataques. O líder do partido do governo sul-africano, Jacob Zuma, também condenou os ataques e fez um apelo pelo fim da violência, em uma visita a uma favela próxima a Johanesburgo, no domingo. Zuma, do Conselho Nacional Africano (ANC), disse em um comício para milhares de pessoas que a violência não vai resolver a criminalidade, a pobreza e o desemprego, e sim, agravá-los. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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