ONU condena número alto de mortes pela polícia no País

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Por PEDRO DANTAS
Atualização:

O relator da Organização das Nações Unidas (ONU) para Execuções Extrajudiciais, Philip Alston, elogiou em seu último relatório os esforços do governo federal e dos governos de Rio de Janeiro e São Paulo no combate às milícias e aos esquadrões da morte. No entanto, ele atestou que as execuções extrajudiciais no País continuam generalizadas e que o número de criminosos mortos em confronto com as forças policiais permanece em um número inaceitável.A implantação da Unidade de Polícia Pacificadora em algumas favelas cariocas foi considerada por Alston como uma estratégia pra ser "amplamente louvada", pois impediu que as quadrilhas de traficantes voltassem a dominar os morros e terminou com os cenários de tiroteios resultantes das incursões rápidas da polícia nas favelas. Além disso, Alston ressaltou que a relação entre os moradores e a polícia melhorou, assim como o fornecimento de serviços básicos.Alston ressaltou, porém, que a terminologia de invasão e ocupação das favelas ainda criminaliza estas comunidades. O relator considerou que a proibição de festas populares e bailes funk é parte de um "duro controle" da polícia sobre a vida diária dos moradores.

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