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Otimista, Raupp vê aliança com PT renovada por ampla maioria na convenção do PMDB

O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), se mostrou bastante otimista e disse que a convenção do PMDB, que ocorre nesta terça-feira em Brasília, deve aprovar a renovação da aliança com o PT para a reeleição da presidente Dilma Rousseff por mais de 80 por cento dos votos dos delegados. "Eu acho que entre 80 por cento e 90 por cento dos convencionais vão aprovar a aliança", disse Raupp a jornalistas, que na segunda-feira tinha feito prognósticos menos otimistas em conversa com a Reuters. Estão em disputa os 738 votos, dos 510 convencionais, que decidem se renovam ou não a aliança com Dilma, mantendo a indicação de Michel Temer para vice-presidente na chapa de reeleição. Segundo ele, as restrições à renovação da aliança com o PT estão concentrados nos diretórios de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro e mesmo assim haveria divisões entre esses peemedebistas. "Não sei se eles conseguem chegar a 15 por cento dos votos", disse Raupp. Para renovar a aliança com o PT, porém, o PMDB exige que o acordo com os petistas seja repactuado num segundo mandato de Dilma. Eles querem mais espaços no governo e maior participação nas políticas públicas do governo.

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Por Redação
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Mas a ala rebelde do partido ainda se esforçava para provocar uma surpresa na convenção. Foram distribuídas cópias de um manifesto com críticas ao governo e um panfleto questionando o acordo com os petistas.

Entre os questionamentos, a ala rebelde pergunta: "Por que participarmos de um governo onde nossos ministros não têm poder de decisão, onde nosso vice-presidente não é ouvido para nada?".

Um dos líderes desse movimento contra a aliança, deputado Danilo Forte (CE), disse à Reuters que ainda era possível uma surpresa, mas reconheceu que "a máquina do governo" e "a pressão de Temer" foram muito fortes na reta final da convenção.

Nas últimas semanas, esse movimento contra a aliança preocupou Temer que entrou em campo e com a ajuda dos senadores do partido conteve o que poderia se transformar numa revolta contra Dilma.

A presidente, aliás, deve comparecer ao final da convenção, quando a renovação da aliança estiver sacramentada.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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