Padilha diz que médicos estão mal distribuídos no País

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Por LAÍS ALEGRETTI E RAFAEL MORAES MOURA
Atualização:

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a afirmar que os médicos estão mal distribuídos no território brasileiro. Durante cerimônia de lançamento do programa Mais Médicos, que ocorre na tarde desta segunda-feira no Palácio do Planalto, Padilha disse que para o Brasil se equiparar à Inglaterra na quantidade de médicos por habitantes, o País precisaria de mais 170 mil médicos.Ele defendeu que o programa lançado nesta segunda permite que as vagas de profissionais de saúde sigam as necessidades da população. Segundo o governo, o objetivo do programa é ampliar a presença de médicos em regiões carentes, como municípios do interior e periferias das grandes cidades. O programa vai ofertar bolsa federal de R$ 10 mil a médicos que atuarão na atenção básica da rede pública de saúde, sob supervisão de instituições públicas de ensino.O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda que cresceram as matrículas nos cursos de medicina nos últimos anos, mas ainda não é o suficiente. Em 2000, segundo ele, eram 55 mil. Neste ano, são 108 mil. "O Brasil tem uma oferta de cursos de medicina bastante aquém de países com PIB per capita semelhante", disse o ministro. "Somos o segundo país com o maior numero de faculdades, mas quando olhamos o número de matriculas e concluintes, é muito aquém do que a população brasileira precisa hoje", concluiu. Ele afirmou que as universidades federais deverão ampliar os cursos existentes e criar novos. "Esse é um projeto estruturante que vai resolver o problema da oferta a partir de 2022", defendeu. Residência O ministro afirmou nesta segunda-feira que o governo está fazendo "a maior expansão da oferta de residência" e que não haverá mais curso de medicina no País sem três residências previamente estabelecidas. "Os profissionais que trabalham nos hospitais públicos, que vão acompanhar e orientar esses estudantes, vão passar a ser remunerados e valorizados", disse.Mercadante afirmou que o País tem 46 hospitais universitários e que serão construídos mais cinco até 2018. Segundo ele, ainda serão reformados e modernizados os hospitais já existentes. O ministro ressaltou que o programa lançado nesta segunda não altera o Revalida. "Todo médico formado no exterior que quiser ter acesso pleno à medicina no Brasil terá de fazer o Revalida", disse.

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