Paes vê com 'traquilidade' visita de membro do COI e nega intervenção

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A presença de Gilbert Felli, representante do Comitê Olímpico Internacional, no Rio de Janeiro para acompanhar de perto a preparação da cidade para os Jogos de 2016 é vista com tranquilidade pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) que entende que a vida do diretor-executivo é fruto de uma onda de reclamações de algumas federações internacionais. Durante um debate pela Internet com um grupo de jornalistas e transmitido ao vivo nessa quinta-feira, Paes disse que já conversou com Felli pelo telefone e pretende se encontrar com o membro do COI nos próximos dias. O representante do COI chegou à cidade nessa quinta-feira e deve ir embora só na próxima semana. Até lá terá reuniões internas com órgão ligados ao evento e um pronunciamento pode ser feito ao final da visita. O prefeito lembrou que mantêm contato permanente com o COI e que os integrantes do órgão vem ao Rio de Janeiro a cada 3 meses. "Ele é extremamente correto, decente, educado e não solta palavras ao vento. Não vejo como intervenção. Cobrar, acompanhar, estar atento, faço questão que eles façam. Não tem esse clima. Que bom que eles está no Rio", declarou o prefeito. A vinda de Felli ao Rio, segundo Paes, é resultado também de preocupações de federações internacionais com o andamento de obras envolvendo instalações esportivas. Felii chegou ao Rio de Janeiro foi enviado pelo COI ao Rio de Janeiro após alertas de atrasos em obras dos jogos de 2016 e reclamações sobre características e qualificações de algumas instalações esportivas. A Federação Internacional de Tênis reclamou do porte da arena que será construída para os Jogos de 2016. Em vez de 20 mil lugares solicitados, o estádio deve contar com 10 mil lugares. Paes afirmou que não vai ceder a exigências de federações que encareçam o custo dos Jogos. "Vão fazer exigências até o fim dos dias que não vou atender. Temos que oferecer algo decente, sem perder a qualidade da pratica esportiva", afirmou ele. "Não vamos entregar estádios glamourosos para virar elefante branco como o Ninho de Pássaro... O Rio não precisa de estádios grandiosos", acrescentou o prefeito, se referindo ao estádio construído em Pequim para a Olimpíada de 2008. Sobre os recentes casos de violência na cidade que levaram as Forças Armadas a ocuparem um conjunto de favelas na zona norte, e os frequentes protestos de rua, Paes afirmou que "não está nem um pouco preocupado". Ele lembrou que em 1992, o "bicho estava pegando na cidade" e, mesmo assim, a cidade conseguiu receber com sucesso diversos chefes de Estado para a realização da Eco 92, uma conferencia sobre desenvolvimento sustentável. Na época, homens do Exército também foram às ruas e ocuparam pontos estratégicos. "O Rio é uma cidade violentíssima e sempre conseguir fazer grandes eventos. Um exemplo é a Rio 92... não me preocupo nem um pouco", finalizou. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.