Pai contrata assassinos virtuais para 'matar' filho ocioso

Chinês estava frustrado com fato de filho desempregado passar horas jogando games.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

Um homem na China contratou ''assassinos virtuais'' para caçar o seu filho em jogos online e matar o seu avatar. O pai chinês, identificado apenas como sr. Feng por um blog especializado em games, estava preocupado com a quantidade de tempo que seu filho desempregado de 23 anos estava passando na internet. Xiao Feng, de 23 anos, começou a jogar games online quando ainda estava na escola secundária e se tornou um ás em diversos jogos. Mas o hábito de passar horas jogando games era um tema de tensões com seu pai desde a sua época de colégio, porque suas notas eram muito baixas. Mais tarde, a insatisfação do pai só se intensificou, uma vez que o jovem não conseguia se firmar em nenhum emprego, supostamente devido ao seu vício em games. Ação extrema O pai do jovem disse acreditar que a contratação dos ''assassinos virtuais'' seria uma forma de impedir que seu filho passasse o dia jogando games online. Seu filho suspeitou e perguntou a um dos ''assassinos'' o motivo de eles sempre tomá-lo como alvo. Na opinião de Mark Griffiths, um perito em dependência em jogos da Universidade Trent de Nottingham, a ação do pai chinês ''não contribui muito para relações familiares''. ''Eu nunca tinha ouvido falar desse tipo de intervenção antes, mas não creio que esse tipo de procedimento de cima para baixo funcione. Muitas vezes, a prática excessiva de jogos é sintoma de outros problemas'', afirma Griffiths. ''Há 25 anos eu estudo a prática excessiva de jogos. Já conheci jogadores compulsivos, que jogavam por 10 a 14 horas por dia, mas para muitas pessoas isso não causa problemas, quando elas não estão empregadas, não estão em relacionamentos e não têm filhos. Não se trata do tempo que você passa fazendo alguma coisa, mas sim do impacto que ela tem sobre sua vida'', afirma. A despeito da ação extrema do pai chinês, ele e seu filho teriam se reconciliado após o incidente. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.