PUBLICIDADE

País terá guia para uso de hipotermia em pacientes com parada cardíaca

Técnica, que consiste em resfriar temperatura do paciente a 32°C durante 24 horas, visa a evitar sequelas neurológicas em pacientes nesta condição; entidade médica deve publicar até setembro normas de procedimento que deverão ser seguidas por hospitais

Por Fernanda Bassette
Atualização:

Ele ficou congelado um dia inteiro’, diz esposa de paciente

PUBLICIDADE

Eram pouco mais de 8 horas da manhã quando o operador de máquinas Pedro Aparecido Donizeti Contiero, 50, chegou em casa depois de trabalhar a madrugada toda. Sentou para tomar café da manhã em companhia da mulher, Irene, e começou a passar mal e tombou no chão. Estava tendo uma parada cardíaca.

"Quando o resgate chegou, disseram que o Pedro teve outra parada cardíaca", conta Irene. A circulação sanguínea de Pedro foi restabelecida. O risco de ele ficar com sequelas neurológicas era grande. Por isso, ainda inconsciente, ele foi encaminhado para o hospital, onde foi tratado com a hipotermia terapêutica. Recebeu soro gelado e foi coberto com sacos de gelo. "Ele ficou congelado um dia inteiro. Depois de dois dias na UTI, ele acordou e só não se lembrava do que tinha acontecido no dia em que teve a parada", diz Irene.

Ao todo, Pedro ficou cinco dias internado e recebeu alta completamente recuperado. Hoje faz tratamento com medicamentos e está temporariamente afastado do trabalho. "Estou bem. É como se não tivesse acontecido nada. Podia ter morrido, mas estou aqui e livre de sequelas." / F.B.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.