11 de maio de 2012 | 03h11
Izabella não detalhou como seriam essas obrigações. Citando os países desenvolvidos, ela afirmou que "os padrões de consumo deles não podem ser replicados para todo o planeta". A ministra participou ontem do evento Sustentável 2012, promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), no Rio.
Questionada sobre as críticas em relação à suposta falta de ousadia do Brasil na liderança das negociações para a Rio+20, a ministra afirmou que a avaliação é equivocada. Como anfitrião, disse ela, o País precisa "assegurar resultados". "A ousadia está em incluir todos e fortalecer o multilateralismo. Isso é uma convicção. Não estamos negociado bilateralmente. Estamos negociando a ambição de um futuro melhor com todos os países."
Cúpula dos Povos. A antropóloga e ambientalista Iara Pietricovsky, integrante do Grupo de Articulação da Cúpula dos Povos e representante do Instituto de Estudos Socioeconômicos, criticou ontem a agenda ambiental do governo e justificou a ausência da cúpula nos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, reuniões promovidas pelo governo às vésperas da Rio+20.
"A política ambiental brasileira tenta conciliar o inconciliável. Querem combinar o interesse do setor produtivo faminto por expansão, incentivos fiscais e pela liberação de dívidas de toda sorte", disse Iara no seminário promovido pela Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), no Rio. / HELOISA ARUTH STURM
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