29 de maio de 2012 | 09h51
Fontes dos Ministérios de Relações Exteriores dos países anunciaram a expulsão dos enviados sírios. A Alemanha anunciou sua decisão afirmando ter sido tomada de forma coordenada com "EUA, França, Grã-Bretanha e outros parceiros".
A Grã-Bretanha expulsou o charge d'affaires e outros dois altos diplomatas, informou o chanceler William Hague. O Canadá expulsará imediatamente os três diplomatas remanescentes em Ottawa, e a Itália declarou o embaixador e sua equipe como "persona non grata".
A Espanha deu um prazo de 72 horas para que o embaixador e outros quatro membros da missão diplomática síria deixem Madri, afirmando que "rejeitam a escalada de violência contra os civis".
O ministro de Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, chamou Assad de assassino e o da Austrália, Bob Carr, disse que os responsáveis pelo massacre em Houla devem ser responsabilizados.
"Bashar al-Assad é o assassino de seu povo. Ele deve abdicar do poder. Quanto antes, melhor", afirmou Fabius em uma entrevista ao diário francês Le Monde.
O presidente francês, François Hollande, disse a repórteres que o embaixador da Síria em Paris estava sendo expulso. Ele afirmou que a decisão estava sendo tomada em consulta com parceiros da França.
Fontes diplomáticas em vários países disseram à Reuters que outros governos tomariam decisões similares - um processo que poderia marcar uma nova fase do esforço internacional para acabar com a repressão de Assad ao levante que dura 14 meses contra o seu regime.
O catalisador imediato para as expulsões parece ser o massacre de mais de 100 civis na cidade síria de Houla, na sexta-feira, incluindo mulheres e crianças. Testemunhas e sobreviventes disseram a investigadores da ONU que a maioria das vítimas morreu em duas ondas de assassinatos sumários realizados por milicianos "shabbiha" (pró-governo).
A comunidade internacional está cada vez mais frustrada com o fracasso de um plano de paz sustentado pela ONU para acabar com o derramamento de sangue no país.
(Reportagem de James Mackenzie em Roma, David Ljunggren em Ottawa, Stephen Addison em Londres e Andreas Rinke em Berlim)
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