
02 de setembro de 2010 | 09h30
O primeiro doce do Japão surgiu por acaso. Tentando encontrar um método para conservar o arroz, os japoneses pilaram o cereal, o que deu origem a uma massa elástica, a base do moti.
Ao longo dos tempos, outros doces foram incorporados ao receituário, como os feitos de farinha de arroz e fritos no óleo, de origem chinesa, além dos manjus, elaborados com farinha de arroz e recheados de pasta de feijão, cozidos no vapor.
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Bem mais tarde, os portugueses levaram ao país o pão de ló e os caramelos - ambos feitos hoje à moda nipônica, com menos açúcar, ingredientes locais e formas diferentes.
A implantação do chá-verde no séc. 13 contribuiu para o hábito de comer wagashi, que mais tarde começou a ser usado na cerimônia do chá.
Mas a grande evolução dos doces no Japão aconteceu no período Edo (séculos 17 a 19), em que o país ficou fechado à influência estrangeira.
O cardápio do Toraya, que faz doces para a família imperial desde o século 16, comprova a evolução. No início, a confeitaria oferecia 18 tipos de doces. Na primeira metade do século 19 já eram 300. Hoje a loja tem mais de mil variedades.
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