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Papa lamenta morte de dom Eugênio, 'intrépido pastor'

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Por Redação
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O papa Bento 16 lamentou, em nota divulgada nesta terça-feira, a morte do cardeal dom Eugênio de Araújo Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, a quem chamou de "intrépido pastor, revelando-se autêntica testemunha do evangelho no meio do seu povo". Dom Eugênio morreu na noite de segunda-feira, aos 91 anos, de morte natural, na residência episcopal de Nossa Senhora da Assunção, no Sumaré, onde morava, informou a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. "Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor que, nos seus quase 70 anos de sacerdócio e 58 de episcopado, procurou apontar a todos a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade, em permanente atenção pelos mais desfavorecidos...", afirmou o papa, em telegrama enviado ao arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta. Nascido em Acari, no Rio Grande do Norte, em 8 de novembro de 1920, dom Eugênio ingressou no seminário em 1931. Ordenado sacerdote em 1943, estudou Filosofia e Teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Dom Eugênio foi nomeado bispo auxiliar de Natal pelo papa Pio 12, aos 33 anos. Dez anos mais tarde, em 1964, tornou-se administrador apostólico da Arquidiocese de Salvador e, quatro anos depois, arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, pelo papa Paulo 6o. Dom Eugênio participou da criação das Comunidades Eclesiais de Base e da Campanha da Fraternidade. Atuou de maneira silenciosa durante a ditadura militar, abrigando no Rio pessoas perseguidas pelos regimes do Cone Sul, entre 1976 e 1982, especialmente argentinos. Foi arcebispo do Rio de Janeiro durante 30 anos, no período entre abril de 1971 e setembro de 2001, quando deixou o cargo devido ao limite de idade.

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