Pará convoca reforço policial para atuar no Fórum Social

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Por Redação
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A realização do Fórum Social Mundial na cidade de Belém levou o governo do Pará a requisitar tropas federais para compensar o contingente reduzido do Estado e garantir a segurança pública do evento, que reúne este mês movimentos sociais de mais de cem países. O Estado receberá 250 homens da Força Nacional de Segurança (FNS), segundo o governo do Pará e o Ministério da Justiça, com o objetivo de ampliar a segurança pública entre 27 de janeiro e 1o de fevereiro, quando acontece o fórum que deve atrair 80 mil pessoas. "Reconhecemos que a situação de violência é grande", disse nesta quarta-feira a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), em entrevista realizada em São Paulo. Além do grande número de integrantes dos movimentos sociais, o evento terá a presença de presidentes. A governadora tem a confirmação de Luiz Inácio Lula da Silva e de Hugo Chávez, da Venezuela. Evo Morales, da Bolívia, e Fernando Lugo, do Paraguai, também são esperados. Ana Júlia, que assumiu em 2007, justifica o pedido de reforço federal pela limitação do número de policiais militares no Estado. Ela afirma que vem realizando concursos visando a contratação de novos policiais, depois de herdar o que chama de uma força policial reduzida. Enquanto a população do Estado cresceu 30 por cento, a força policial caiu 15 por cento, segundo a governadora. Ela acrescenta um ingrediente político, ao afirmar que há preocupação com "uma ação organizada" por parte da oposição a seu governo, basicamente formada pelo PSDB, que governou o Pará antes do PT. Criada em 2004, a Força Nacional de Segurança Pública atende às necessidades emergenciais de segurança e é formada por policiais militares dos Estados, que passam por treinamento em órgãos federais. Novos veículos e câmeras de vídeo em regiões mais propensas à violência em Belém também vão completar o esquema. RECORDE DE RECURSOS O fórum de Belém bateu o recorde em atração de investimentos públicos. Serão 338 milhões de reais em verbas dos governos federal e estadual para obras viárias, de urbanização e de saúde e segurança. No valor está incluída uma obra para urbanização de favela. Os recursos são superiores aos fóruns realizados em Porto Alegre (RS). "Temos identidade com o governo federal e por isso temos facilidade em obter recursos", disse a governadora, para quem a as obras vão beneficiar a população da própria cidade. O fórum, espaço de discussão de ideias contrárias ao neoliberalismo e ao imperialismo, será realizado nas Universidades Federal Rural da Amazônia (UFRA) e do Pará (UFPA). (Reportagem de Carmen Munari; Edição de Maria Pia Palermo)

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