PUBLICIDADE

Para Garibaldi, CPI exclusiva do Senado não avançará

Por Rosa Costa
Atualização:

O presidente do Congresso, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse hoje que não acredita na adoção de procedimentos com o objetivo de instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva do Senado criada para investigar denúncias de mau uso de cartões corporativos do governo. Garibaldi afirmou que, como houve "um certo avanço" na CPI Mista dos Cartões, "a instalação da outra (a exclusiva) não será cobrada pela oposição". Ele, apesar de prever o esvaziamento da comissão exclusiva da Casa, antecipou que não trabalhará para enterrá-la. "Não sou coveiro de CPI", disse. "Pelo contrário. Acho que o nascimento de uma CPI é salutar. O que aconteceu é que ela veio tratar do mesmo objeto de uma CPI já criada (a mista), e eu considero isso redundante, e não ia ter a eficácia desejada." Sobre a decisão do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), de reajustar de R$ 50,8 mil para R$ 60 mil o valor da verba de gabinete dos deputados, Garibaldi disse que não recebeu, até agora, nenhum tipo de pressão para conceder aumento semelhante no Senado. Sobre o risco de repercussão negativa da elevação salarial na imagem do Legislativo, o presidente do Congresso desconversou. Garibaldi disse que, da parte dele, tem contribuído para a recuperação dessa imagem: "Ninguém está reivindicando nada aqui (no Senado), graças a Deus. Tenho tentado contribuir com minhas iniciativas para melhorar a imagem do Senado. O exame dos problemas da Casa de lá, vizinho, eu não tenho nada a dizer." O presidente do Senado elogiou a proposta de mudança nas regras das medidas provisórias (MPs), mas fez ressalvas à forma como foi mantido o mecanismo de trancamento da pauta por elas. Para a pauta ser destrancada, é preciso, de acordo com a proposta, que isso seja aprovado em votação por maioria simples. "A questão do trancamento não está bem resolvida", disse. "Era preciso ter um mecanismo mais democrático para não permitir que a MP ficasse ali, no primeiro lugar da pauta. Por mim, ela não teria esse primeiro lugar, francamente."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.