
09 de maio de 2014 | 17h26
Segundo nota, a suspensão vale para as áreas de construção do píer A, píer B e o novo terminal de passageiros.
O MPT, juntamente com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Campinas apontaram risco de acidentes devido à "confusão" no canteiro de obras.
A concessionária de Viracopos não retornou imediatamente aos pedidos de comentários. A empresa tem entre seus acionistas a Triunfo, UTC Participações, a francesa Egis Airport Operation e a Infraero.
Segundo nota do MPT, uma fiscalização do Cerest com acompanhamento de quatro procuradores do órgão vão juntar as informações ao inquérito que investiga a conduta trabalhista do consórcio construtor.
O MPT afirma te verificado caminhões realizando manobras a centímetros de distância de plataformas com trabalhadores suspensos, e materiais pesados movimentados indiscriminadamente sobre as cabeças dos operários, sem medidas de precaução ou isolamento da área, em grave e iminente risco de acidentes.
"Percebemos que eles estão correndo contra o tempo, e estão executando diversos processos simultaneamente de forma desorganizada. Isso potencializa muito o risco de acidentes", afirmou o procurador Mário Antonio Gomes.
Nesta semana, o consórcio que administra o aeroporto assumiu o atraso nas obras, mas afirmou que o aeroporto estará preparado para receber as delegações e autoridades da Copa do Mundo.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou em nota recente que inspeções recentes mostraram que o aeroporto não entregará as obras no prazo. A agência fará análises em Viracopos e em Guarulhos a partir de domingo. Caso constate o descumprimento do prazo, poderá aplicar multas de até 170 milhões de reais.
Procurada nesta sexta-feira, a Anac não pode comentar o assunto de imediato.
(Por Roberta Vilas Boas)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.