Pastoral da Terra quer anulação de sentença no caso Dorothy

Para líder da CPT, decisão do júri reforça o problema da impunidade no campo; MPF teme aumento da violência

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Por AE
Atualização:

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Ministério Público vão pedir a anulação da sentença que absolveu o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, na terça-feira, 6, na 2ª Vara do Júri de Belém, segundo informações da Agência Brasil. Ele era acusado de ser o mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, interior do Pará. Veja Também: Promotor vai recorrer da absolvição no caso Dorothy Stang Absolvição de acusado deve ser corrigida, diz OAB Opine sobre a decisão  Júri absolve fazendeiro acusado de mandar matar Dorothy Entenda o caso da missionária Dorothy Stang  Acusado de assassinar Dorothy Stang se contradiz ao depor "Esperamos que o Tribunal do Júri anule essa sentença e mande novamente para o banco dos réus o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura", afirmou coordenador nacional da CPT, José Batista. Para ele, a decisão do júri reforça o problema da impunidade no campo. Batista considerou a decisão surpreendente e contraditória, pois contraria provas existentes no processo, argumentou. MPF teme mais crimes O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) divulgou nota oficial na qual alerta sobre a possibilidade de aumento da violência no interior do Estado depois da absolvição de um dos acusados de terem mandado matar a missionária norte-americana Dorothy Stang em fevereiro de 2005 em Anapu, no sudeste paraense. Em nota, o MPF afirmou ser "fundamental e urgente o fortalecimento dos sistemas de segurança pública federal e estadual nas regiões de conflitos fundiários no Pará. Caso isso não ocorra, o MPF teme pela concretização das ameaças de morte a trabalhadores rurais, índios, quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, defensores dos direitos humanos e religiosos que atuam no interior do estado na defesa das minorias".

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