Pedida prisão preventiva de acusada de envenenar bolo

Alzira está presa temporariamente desde o dia 7 na cadeia de Indaiatuba

PUBLICIDADE

Por Tatiana Favaro
Atualização:

A Polícia Civil de Campinas, a 95 quilômetros de São Paulo, pediu nesta segunda-feira, 17, à Justiça a prisão preventiva da auxiliar de limpeza Alzira Celestino de Afonso, de 46 anos. Principal suspeita de ter envenenado um bolo dado a quatro crianças, com idades entre 9 e 12 anos, no dia 5, Alzira está presa temporariamente desde o dia 7 na cadeia de Indaiatuba, a 102 quilômetros de São Paulo. O prazo da prisão temporária termina na sexta-feira. As quatro crianças ficaram hospitalizadas após comer um bolo de chocolate envenenado com raticida, mas já receberam alta e passam bem. A utilização do veneno na cobertura do bolo foi identificada em exames do Instituto de Criminalística (IC) de Campinas. O princípio ativo, o carbofuran, é um pesticida muito eficaz. O delegado do 9º Distrito Policial, Cássio Vita Biazolli, teve acesso hoje ao laudo do exame grafotécnico feito pelo IC. O teste foi solicitado porque junto com o bolo havia um bilhete destinado a uma das crianças. "Ficou comprovado que a caligrafia do bilhete é a de Alzira", afirmou. "Por isso pedimos a prisão preventiva, até a instrução do processo, para evitar fuga." Em dois depoimentos e na presença de seu advogado, Baiana, como é conhecida, negou o crime. Em diligência feita na casa da suspeita, a polícia encontrou vários tipos de venenos, submetidos a análise. O delegado disse ainda que os depoimentos de duas testemunhas que trabalham em uma empresa de entregas também contribuíram para reforçar as suspeitas sobre Alzira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.