Perícia acusa falha de manutenção em queda do AF 447

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Por AE
Atualização:

A investigação judicial na França sobre a tragédia do voo 447 da Air France apontou que falhas na manutenção podem ter provocado o acidente, em junho do ano passado. O Airbus A330 havia saído do Rio de Janeiro e seguia para Paris, quando caiu no oceano Atlântico. Todos os 228 ocupantes do voo morreram. As informações estão presentes no relatório preliminar sobre o acidente, que teve partes divulgadas ontem pelo jornal francês Libération.O documento elaborado por cinco peritos judiciários, no entanto, ainda está sendo trabalhado e a previsão é que a versão definitiva seja apresentada em dezembro. O jornal aponta que esse é um "elemento contribuinte", mas afirma não que ainda não é possível com precisão identificar os fatos que conduziram ao desastre. Por isso, concluem que "é necessária a busca de outras provas".O relatório aponta falhas na manutenção dos chamados tubos de pitot, sondas de medição de velocidade do avião. Esses equipamentos já haviam sido apontados como possível causa do acidente, quando a própria Air France informou em um comunicado a seus pilotos logo após a tragédia que trocaria os equipamentos de todas as aeronaves. As equipes do Escritório de Investigações e Análises sobre a Aviação Civil (BEA) confirmaram que uma "incoerência da velocidade aferida" havia sido verificada na ocasião do desaparecimento da aeronave.O relatório dos peritos judiciais põe em questão o tempo decorrido a partir da última manutenção do equipamento - ele leva em conta tanto a quantidade de meses quanto a de horas de voo. As autoridades francesas determinam a manutenção dessas peças a cada 21 meses. No Canadá, por exemplo, depois de incidentes envolvendo aviões da Bombardier, em 2008, foi decidida a mudança no prazo para 600 horas de voo, ou seja, aproximadamente a cada quatro meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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