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Perspectivas favoráveis para veículos

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Por Redação
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Na primeira quinzena de dezembro foram licenciados 124,8 mil automóveis e veículos comerciais leves, segundo a Fenabrave, o que permite prever para o mês todo dados iguais ou maiores que os de novembro. A demanda está aquecida, com atrasos nas entregas, e, para 2010, a associação das montadoras (Anfavea) prevê novos recordes, com vendas de 3,4 milhões de veículos.Em novembro os resultados da produção (282,6 mil veículos) e das vendas (206 mil veículos novos nacionais) foram recordes para o mês. Sazonalmente, o mês é mais fraco do que outubro, mas, no período de janeiro a novembro, foram licenciados 2,84 milhões de veículos, 8,5% mais do que nos mesmos meses de 2008. Em 2009 as vendas deverão atingir 3,11 milhões, mais 10,3% sobre 2008.A crise, em 2008, distorceu a comparação entre os últimos bimestres de 2008 e 2009. Em novembro do ano passado foram vendidas apenas 151,4 mil unidades de veículos nacionais. Uma comparação melhor, com novembro de 2007, mostra ligeiro crescimento em 2009.O aumento das vendas foi estimulado pela oferta de crédito, ao custo médio de 2,57% ao mês (35,6% ao ano), o menor da série histórica iniciada em 1995, ante 2,61% ao mês (ou 36,2% ao ano), em outubro, segundo dados da Anefac. É um custo financeiro inferior ao da média das linhas de crédito de varejo.Outro fator de estímulo foi a queda de preços de importados, beneficiados pelo câmbio desvalorizado. Comparando os primeiros 11 meses de 2008 e 2009, as vendas de importados cresceram 25,6%. Em novembro a alta foi de 73% em relação a novembro de 2008.O câmbio desvalorizado tem duplo efeito negativo: facilita a venda de importados e dificulta as exportações, que caíram 38,8% em quantidade e 44,1% em valor, comparando os 11 meses de 2008 e 2009.O otimismo das montadoras se deve tanto ao crescimento do mercado brasileiro neste ano, ao contrário do que ocorreu na maioria dos mercados onde atuam suas matrizes, como à perspectiva de um cenário favorável no ano que vem.Mesmo a produção de veículos, em 2009, deverá superar a de 2008 (3,21 milhões de unidades, inclusive CKD), ante as projeções de uma queda de 5%, como se estimava em julho.Sem novos problemas globais e com a economia brasileira crescendo acima de 5%, um crescimento de 10% em 2010 poderá estar sendo subestimado.

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