PESQUISA-McCain empata com Obama e supera Hillary

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Por JOHN WHITESIDES
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O candidato republicano a presidente John McCain está virtualmente empatado com o democrata Barack Obama e tem uma ligeira vantagem sobre Hillary Clinton em simulações para os possíveis confrontos de novembro nos EUA, segundo pesquisa Reuters/Zogby divulgada na quarta-feira. Apesar das insistentes críticas dos democratas à capacidade econômica de McCain, ele é considerado pelos eleitores como mais competente nesse quesito (vantagem de 3 e 5 pontos percentuais sobre Obama e Hillary, respectivamente). Na disputa pela indicação democrata, Obama ampliou de 3 para 13 pontos percentuais a sua vantagem sobre Hillary, que agora é de 51-38 por cento. A maior parte das entrevistas foi feita antes da polêmica provocada por uma declaração de Obama a respeito da "amargura" de moradores de pequenas cidades. Os dois democratas conseguiram reduzir a vantagem que os separava de McCain na pesquisa anterior. Obama chegou ao empate estatístico (45-45 por cento), depois de estar 6 pontos atrás, enquanto Hillary reduziu a diferença de 8 para 5 pontos (46-41 por cento para o republicano). "Obama ainda se sai melhor do que Clinton contra McCain, mas seja como for é uma corrida bastante acirrada", disse o estatístico John Zogby. "Obama e Clinton se machucam mais conforme esta campanha se arrasta, e McCain está ganhando um passe livre." Obama conseguiu avançar sobre Hillary -- ao menos até a frase sobre a "amargura" interiorana -- depois de superar a polêmica do mês passado envolvendo os sermões inflamados do seu pastor, o reverendo Jeremiah Wright. Nesse período, foi a vez de Hillary ser criticada por ter dito, sem base na verdade, que esteve sob ameaça de franco-atiradores em 1996 na Bósnia. "Obama recuperou-se da situação do reverendo Wright e agora foi a vez de Clinton ser examinada", disse Zogby. "Agora isso volta a Obama pelos comentários sobre as cidadezinhas. Esta corrida está muito cíclica." Para a pesquisa sobre a disputa democrata, foram ouvidos 532 prováveis eleitores do partido, com margem de erro de 4,3 pontos percentuais. Para as simulações da eleição geral, foram entrevistados 1.049 prováveis eleitores, com margem de erro de 3,1 pontos.

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