PUBLICIDADE

Pesquisa mundial mostra Apple no topo da preferência dos usuários

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

As ações da Apple podem estar em queda devido às preocupações dos investidores quanto à concorrência crescente que a empresa enfrenta, mas visitas a lojas e entrevistas com compradores de tablets e smartphones nos dez últimos dias sugerem que os consumidores de todo o mundo não compartilham muito dessa visão negativa. Tablets e outros aparelhos móveis são os eletrônicos mais procurados nestas compras de fim de ano, e a Reuters entrevistou mais de 70 compradores e funcionários de lojas em Sydney, Seattle, Palo Alto, Xangai, Bangalore, Cingapura, Paris, Londres, Cidade do México e Boston para descobrir o que atrai e não atrai compradores. As lojas da Apple e de eletrônicos estavam muito movimentadas na semana passada, em contraste com as lojas temporárias da Microsoft para a promoção do Windows 8 e do tablet Surface, que recebiam muito menos compradores. A Samsung Electronics parecia estar realizando um trabalho agressivo de marketing, promovendo a linha Galaxy e outros produtos com cartazes e placas em muitas lojas. Os consumidores repararam na promoção, mas apenas em Bangalore e Cingapura a maioria das pessoas entrevistadas pela Reuters via a Samsung como marca preferencial. A Nokia, enquanto isso, parece ter praticamente desaparecido das linhas de frente na guerra de varejo. Os aparelhos Amazon Kindle também não tinham grande presença, embora isso provavelmente reflita o foco da empresa em vendas online. A Apple e concorrentes estão disputando território nas vitrines, fazendo publicidade e mobilizando exércitos de funcionários para conquistar a multidão de compradores que visitará os shoppings de todo o planeta nas próximas semanas. A fidelidade à linha de produtos da Apple parece ser a maior vantagem para a companhia californiana, no momento em que consumidores da Europa, Ásia e Estados Unidos pesam os prós e contras de trocar uma marca por outra. Compradores mencionaram os respectivos acervos de música e vídeo no iTunes e a facilidade de uso como motivos para manter o iPhone e o iPad. "Acabei de ensinar à minha avó persa, que tem 77 anos e não fala inglês, a usar o iPhone", disse Soheil Arzang, 27 anos, um estudante de Direito em Palo Alto, Califórnia. "Um computador com Windows há botões demais. É confuso. Converti meus pais oficialmente ao Apple iPhone, Mac e iPad", acrescentou. O pai dele "costumava comprar na Best Buy, mas agora prefere ir à loja da Apple", disse Arzang em uma unidade perto da sede da companhia. Em Paris, Max Cevenne, 62, um fotógrafo cujo iPad foi roubado recentemente, estava questionando o vendedor sobre a compatibilidade de um tablet Galaxy de 10 polegadas com um computador doméstico. "O Samsung me atrai porque tem cartão SD é mais flexível em termos do hardware e software que se podem usar com ele", disse Cevenne em uma Fnac de eletrônicos. "Mas posso terminar optando de novo pelo iPad porque já uso outros produtos da Apple e isso pode ser mais simples". Do outro lado do Canal da Mancha, em uma loja de departamentos John Lewis em Londres, Joanna Sargent estava olhando um Kindle Fire, da Amazon, mas, por ter comprado três iPad Minis para seus filhos, disse que provavelmente optaria pelo produto que já conhece. "Pensei em comprar outro tablet, mas, ainda que eles sejam mais baratos, é preciso recomprar tudo", afirmou. "Teria de comprar todas as minhas músicas de novo, e isso é algo que se deve levar em conta". John Owen, engenheiro ferroviário de Didcot, Oxfordshire, tinha a mesma opinião: "A Apple me conquistou". Apenas três anos depois de seu lançamento, os tablets são um item indispensável. Em uma pesquisa que a Ipsos fez nos EUA para a Thomson Reuters entre 8 e 11 de dezembro, 30 por cento dos 1.330 entrevistados disseram estar pensando em adquirir um tablet. Das pessoas dispostas a comprar, 42 por cento declararam preferência pelo iPad ou iPad Mini, 16 por cento preferem o Kindle Fire e 14 por cento comprariam um Samsung Galaxy. Apenas 4 por cento estavam pensando no Microsoft Surface. (Por Leila Abboud e Alistair Barr)

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.