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Pesquisadores descobrem interruptor para a dor crônica

Eles encontraram uma proteína que liga e desliga a dor crônica

Por Agencia Estado
Atualização:

A dor crônica afeta aproximadamente 48 milhões de pessoas, só nos Estados Unidos, e os medicamentos atuais ou são praticamente ineficazes ou trazem sérios efeitos colaterais. Mas pesquisadores da Centro Médico da Universidade Columbia (CUMC) descobriram uma proteína nas células nervosas que age como um interruptor para a dor crônica, e fizeram um pedido de patente para desenvolver uma nova classe de medicamentos que bloquearão a dor, desligando esse interruptor. A descoberta está publicada no site da revista Neuroscience, e vai aparecer na edição de agosto da publicação. A maioria das tentativas anteriores de aliviar a dor crônica se concentraram na "segunda ordem" de neurônios, na medula espinhal, que transmitem as mensagens de dor ao cérebro. É difícil inibir a atividade desses neurônios com medicamentos, porém, já que as drogas precisam superar a barreira sangue-cérebro. Ao invés disso, os pesquisadores do CUMC se concentraram nos mais acessíveis neurônios de "primeira ordem", na periferia do corpo, que enviam mensagens à medula espinhal. A dor se torna crônica quando a atividade dos neurônios de primeira e segunda ordem persiste depois que os neurônios danificados se recuperam, ou a inflamação do tecido desaparece. Há muito tempo se sabe que, para que a dor crônica persista, um interruptor principal deve ser ligado dentro dos neurônios periféricos, apesar de a identidade desse interruptor ter permanecido um mistério até agora. Os professores Richard Ambron e Ying-Ju Sung, ambos do Departamento de Anatomia e Biologia Celular, descobriram agora que o interruptor é uma enzima, chamada proteína cinase G (PKG). Os pesquisadores descobriram que em conseqüência de um ferimento ou inflamação, a PKG é ligada e ativada. Uma vez ativadas, essas moléculas iniciam outros processos que geram as mensagens de dor. Enquanto a PKG estiver ligada, a dor persiste. Assim, desligar a PKG alivia a dor, tornando a enzima um excelente alvo para tratamentos.

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