PF-AL apreende armas e munição em poder de deputado

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Por RICARDO RODRIGUES
Atualização:

A Polícia Federal de Alagoas cumpriu hoje cinco mandados de busca e apreensão em imóveis do deputado estadual Marcelo Victor (PTB). Segundo a PF, o parlamentar, que já respondeu a processo por um crime de homicídio, foi autuado em flagrante por posse de munição de uso restrito do Exército Brasileiro. Os agentes da PF procuravam armas pertencentes ao parlamentar e estiveram em duas propriedades dele em Maceió e em outra no município de Palmeira dos Índios, a 137 quilômetros da capital alagoana. Outros dois mandados de busca foram cumpridos na cidade do Recife, onde o parlamentar também tem residência. Em seu poder, também foi encontrada uma pistola 380 milímetros, além de uma outra arma recolhida no interior do Estado. O parlamentar foi ouvido pela PF e disse que suas armas estão legalizadas. Quando saía de sua casa, em Maceió, Marcelo Victor afirmou que estava tranquilo quanto aos mandados de busca e apreensão que foram realizados pela PF nos imóveis da família dele. "O que aconteceu foi uma coisa simples, um trabalho de rotina da Polícia Federal. Os mandados foram cumpridos e a polícia encontrou a minha pistola 380 milímetros, que está registrada, e posso provar. Vou prestar os esclarecimentos necessários e tudo ficará resolvido", declarou. Quanto à outra arma, que teria sido encontrada pela PF em um imóvel seu em Palmeira dos Índios, o deputado não quis se comprometer. "Não posso responder por aquilo que não sei. Não estava nessas outras residências, por isso não faço ideia do que foi encontrado. A única coisa que tenho certeza é de que, no dia 13 de maio deste ano, depois da decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, eu devolvi todas as sete armas e o material de recarga que estavam em situação irregular", disse ele à imprensa. Ele declarou também que possui armas para fins esportivos e que é atirador inscrito na Confederação Brasileira de Tiro. "Tenho arma para uso esportivo", declarou o parlamentar. Marcelo Victor foi acusado de matar um rapaz no carnaval fora de época de Arapiraca, a "Micaraca". Na época, ele era menor de idade e ficou recolhido em uma das unidades de internação de menores infratores. No entanto, a situação dele se complicou quando a polícia descobriu que o registro de nascimento teria sido alterado para que ele tivesse idade suficiente de ter acesso ao serviço público: um emprego que o pai - o ex-deputado estadual Gervásio Raimundo - arrumou para ele na Assembleia Legislativa de Alagoas.

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