PF prende 14 acusados de grampo ilegal de telefones

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Por Elvis Pereira
Atualização:

A Polícia Federal (PF) prendeu hoje 14 acusados de grampear telefones clandestinamente, invadir contas bancárias e acessar dados cadastrais de clientes de operadoras e extratos de chamadas de terminais telefônicos. Depois, a quadrilha vendia informações sobre mandados judiciais de interceptação telefônica. Na Operação Ferreiro, oito prisões foram feitas em São Paulo, três em Varginha (MG) e o restante em Atibaia e Jundiaí, no interior paulista, e Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a PF, o bando mantinha a base na capital paulista e cobrava até "R$ 3 mil por varredura em cada linha telefônica". A lista de clientes incluiria pessoas físicas e jurídicas. O esquema começou a ser investigado há quatro meses, durante a Operação Bicho Mineiro, que levou, na semana passada, sete suspeitos à prisão por evasão de divisas e lavagem de dinheiro em Varginha. Entre os presos, estavam empresários ligados a atividades de comércio e exportação de café que souberam que os telefones eram monitorados pela PF por meio dos serviços dos alvos da Operação Ferreiro, informou a PF. Para a Ferreiro, a 4ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte expediu dez mandados de prisão temporária e sete de preventiva, além de 28 de busca e apreensão, cumpridos em Varginha, Jundiaí e São Paulo. Indícios apontam o envolvimento de funcionários de empresas de telefonia e detetives particulares. Os detidos poderão ser autuados por quebra de segredo de Justiça, formação de quadrilha e violação de sigilo bancário. Somadas, as penas podem atingir 11 anos de prisão, além de multa.

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