PUBLICIDADE

PF prende garimpeiros ilegais do Rio Madeira

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Superintendência Regional da Polícia Federal em Rondônia, Região Norte do País, deflagrou no último dia 29, a Operação Iara, cujo objetivo é impedir a exploração ilegal de ouro no leito do Rio Madeira. Os agentes fazem buscas em embarcações, balsas e dragas suspeitas de praticar extração ilegal do metal nobre. Outros órgãos de fiscalização já haviam denunciado a ação criminosa no rio. No primeiro balanço a PF divulgou seus resultados parciais de uma semana de operação: foram apreendidos 87 dragas; 1,646 gramas de ouro; 50 frascos de mercúrio; e três armas. Foram realizadas 22 prisões e instaurados dez inquéritos policiais. Participam da Operação Iara 69 agentes federais, dos quais 29 estão lotados naquela Superintendência da PF. Os demais foram enviados de outros Estados. Um levantamento da Companhia de Furnas revela a existência de 115 dragas de grande porte, que extraem ouro daquele rio durante todo o ano, além de mais 160 outras de pequeno porte que funcionam apenas durante os seis meses do período de estiagem. Essas denúncias se restringem aos trechos do rio, onde serão construídas as hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau. Remanescentes do grande garimpo dos anos 80 e 90, os garimpeiros que atuam naquele trecho, segundo Furnas, chegam a produzir por ano R$ 120 milhões, mais do que os Estados de Rondônia e Porto Velho receberão de "royalties" pelo funcionamento de ambas as usinas. Ainda segundo o relatório de Furnas, estima-se que cada draga de grande porte produza entre 1,8 a 2 quilos de ouro por mês. Enquanto as de pequeno porte, - do tipo chupadeiras, ou balsas - retiram algo em torno de 300 a 400 gramas de ouro por mês. Conforme esses cálculos, a produção anual do garimpo do Rio Madeira, na área das hidrelétricas, é de 2.781 quilos de ouro, que, ao preço atual de R$ 43,6 mil o quilo de ouro soma um total R$ 121.251.600,00 por ano. A Operação Iara combate apenas os garimpeiros que se encontram em situação ilegal naquela região.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.