
16 de maio de 2011 | 23h04
Para o juiz, os pilotos foram negligentes por não perceberem os problemas de funcionamento do transponder (equipamento que informa a localização da aeronave, a altitude e a velocidade) e do TACS (informa a presença de aeronaves próximas). Eles podem recorrer da sentença no Tribunal Regional Federal da 1ª região.
A pena será cumprida nos Estados Unidos, onde os pilotos residem. O juiz diz que o caso recomenda a aplicação de duas penas restritivas de direitos. A primeira de prestação de serviços comunitários e a segunda a proibição do exercício da profissão.
Os pilotos foram denunciados em maio de 2007 junto com 4 controladores de voo, por crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo nacional. Os americanos foram absolvidos da acusação de negligência em 2008, mas em 2009, a justiça ordenou novo julgamento.
O juiz considerou as denúncias do MPF de que os pilotos foram negligentes na adoção de procedimentos para falha de comunicação "tendo permanecido por 57 minutos durante o voo sem qualquer tentativa de contato com os órgãos de controle".
O Boeing da Gol fazia o voo 1907, de Manaus com destino a Brasília. O jato Legacy ia de São José dos Campos em direção a Manaus, onde deveria pousar e seguir no dia seguinte para os Estados Unidos. A 37 mil pés próximo do município Peixoto de Azevedo a asa esquerda do Legacy colidiu com o Boeing provocando a queda do avião com 154 passageiros.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.