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Pior vazamento de petróleo da Coréia do Sul atinge a costa

Por JO YONG-HAK
Atualização:

Trabalhadores sul-coreanos se empenhavam no sábado, com o uso de equipamentos especiais, na limpeza do pior vazamento de petróleo da história do país, que deixou a reserva natural da costa ocidental do país recoberta de óleo negro. Trechos de aproximadamente 17 quilômetros da costa, a 100 quilômetros a sudoeste de Seul, estão recobertos de petróleo, disse a guarda costeira. A mancha deverá atingir outras áreas até domingo, poluindo fazendas marinhas e depósitos de ostras. "Estamos tomando todas as medidas para impedir que isso aconteça", disse Song Myeong-dal, chefe da equipe de Informação e Monitoramento Político do Ministério Marítimo. A mancha de 20 quilômetros se estendeu de um petroleiro de Hong Kong que vazou estimadas 10.500 toneladas de petróleo bruto na sexta-feira, depois que um guindaste de outro barco perfurou seu tanque. O petróleo atingiu uma área de preservação natural em uma região famosa por suas praias. Um parque nacional que abriga uma rota importante de aves migratórias foi seriamente afetado. A Coréia do Sul mobilizou skimmers (equipamento de limpeza aquática) de petróleo e cercas de proteção, 103 barcos, 5 helicópteros e centenas de homens para conter o pior desastre ecológico do país desde a Guerra da Coréia de 1950-1953. O governo enviará mais equipamento e pessoal para a limpeza no domingo, disse a Guarda Costeira em comunicado. Mais de 1.200 moradores da área ajudavam na limpeza, esfregando rochas e removendo petróleo do litoral neste sábado. Ainda não foi registrado um grande impacto na vida marinha, de acordo com a Guarda Costeira, mas a mancha que já atingiu a costa é apenas uma pequena parcela do vazamento total. A maior mancha estava se espalhando na Baía de Mallipo, disse uma autoridade do Ministério Marítimo. Ventos fortes e ondas grandes atrapalharam os esforços de contenção do petróleo na sexta-feira, mas o mar estava mais calmo no sábado. O tamanho do vazamento é de cerca de um terço do desastre da Exxon Valdez, em 1989, na costa do Alasca, Estados Unidos, considerado o maior da história. A limpeza daquele vazamento de petróleo custou cerca de 2,5 bilhões de dólares. Os custos totais do desastre, incluindo as multas e os processos judiciais, são estimados em 9,5 bilhões de dólares.

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