
25 de abril de 2011 | 00h00
Quase metade - 43,9% - da Amazônia brasileira está localizada em áreas protegidas por lei, o equivalente a 2,2 milhões de quilômetros quadrados. Mas a gestão deficiente das áreas e a falta de pessoal para monitorá-las tornam-nas vulneráveis ao desmatamento e à ocupação humana.
Os dados fazem parte de um estudo realizado pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Mesmo localizadas em áreas protegidas, como parques nacionais e reservas indígenas, em torno de 12 mil quilômetros quadrados de florestas foram derrubados entre 1998 e 2009.
Segundo o relatório, a derrubada de matas ocorreu principalmente em reservas de uso sustentável (onde é permitido o extrativismo, por exemplo). Para os pesquisadores, não basta criar reservas no papel: metade das áreas protegidas não possuem um plano de manejo.
Além disso, a mineração avança na região: há 1.338 planos de mineração aprovados dentro de áreas de proteção.
Mineração avança
10.348
licenças de mineração na Amazônia aguardam aprovação
MÉXICO
Queimadas estão sob controle, diz governo
Os incêndios florestais que desde março atingem o estado de Coahuila, no norte do México, já estão 90% controlados, divulgou ontem a Secretaria de Meio Ambiente de Coahuila. Cerca de 1,5 mil brigadistas trabalham no combate ao fogo. Anteontem, um hidroavião passou a ajudar no combate às chamas, que já consumiram 193 mil hectares de matas e pastagens. O hidroavião canadense Martin JRM tem quatro motores e foi reformado para combater incêndios. Tem capacidade para descarregar 35 mil litros de água por viagem e substituirá os aviões americanos Hércules C130, que na semana passada ajudaram os brigadistas mexicanos, mas foram deslocados para combater incêndios no Texas.
MOBILIZAÇÃO
Indonésia protesta pelo fim do desmatamento
Ativistas da Indonésia protestaram durante o Dia da Terra, data celebrada na última sexta-feira, contra o desmatamento no país.
Um relatório do governo da Indonésia coloca o país em terceiro lugar no ranking dos maiores emissores de gases de efeito estufa, por causa do crescente desmatamento. As matas do país cada vez mais dão lugar a plantações de óleo de palma e de papel e celulose.
RESÍDUOS
Cooperativa prestes a gerar créditos de CO2
A Verdecoop, cooperativa de reciclagem e compostagem da Costa dos Coqueiros, na Bahia, está na reta final para conseguir o aval das Nações Unidas para comercializar créditos de carbono. O documento de concepção do projeto foi publicado no site da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Com a publicação, a cooperativa entra na etapa de validação, na qual é verificado se o projeto está em conformidade com o Protocolo de Kyoto. A Verdecoop recicla, mensalmente, 95 toneladas de resíduos, oriundos de resorts e condomínios da Costa do Sauípe, no litoral baiano. /ANDREA VIALLI, com EFE
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