PM atrasa uso de câmera para monitorar Marginais

PUBLICIDADE

Por William Cardoso
Atualização:

Anunciada pela Polícia Militar em dezembro, a instalação de 20 câmeras de monitoramento nas Marginais do Tietê e do Pinheiros, em São Paulo, ainda não passa de promessa. Na ocasião, o então comandante-geral Alvaro Batista Camilo disse que até junho deste ano os equipamentos estariam funcionando para combater crimes contra o patrimônio, especialmente roubos de veículos. No sábado à noite, o delegado Paulo Pereira de Paula, de 49 anos, foi assassinado na altura da Ponte do Limão. A polícia ainda busca pistas dos bandidos.O projeto apresentado pela PM no fim do ano previa câmeras com capacidade de visualização em 360 graus e possibilidade de aproximação de até 600 metros. Com elas, policiais seriam capazes de identificar o rosto de um condutor ou a placa de um veículo. As imagens seriam transmitidas a uma central de monitoramento 24 horas no Comando de Policiamento de Trânsito e ao Centro de Operações da PM. As câmeras seriam removíveis, podendo ser deslocadas para locais com mais crimes.Segundo a PM, o projeto original, prometido por Camilo, foi reformulado e serão agora 82 câmeras, e não 20. Mas os equipamentos ainda estão em fase de licitação, prevista para terminar até o fim do ano. Segundo a PM, a ausência das câmeras não inviabiliza o policiamento na região, que teve queda na criminalidade, e as vias já contam com 40 câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).Em julho do ano passado, após onda de arrastões, a PM prometeu também reforçar o policiamento das Marginais. Segundo a corporação, o efetivo desde então ganhou 20 homens e 54 pontos atualmente contam com viaturas permanentemente ou em revezamento. A PM diz que desde o início da operação 132 pessoas foram presas e 31 foragidos da Justiça foram recapturados. A corporação disse também que, após a morte do delegado no sábado, o policiamento foi reforçado com motos na região da Ponte do Limão. Marginais e grandes avenidas que cruzam bairros nobres da zona sul são os principais pontos de roubo de motos de valor elevado, como a CB1000R, avaliada em R$ 30 mil, segundo Marcelo Bianchi, delegado titular da 3.ª Delegacia de Investigações sobre Desmanches Delituosos do Departamento Estadual de Investigações Criminais. Essas motos têm como destino os desmanches ilegais. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.