24 de maio de 2013 | 17h33
O País caribenho precisa fortalecer suas forças de segurança, já que o cronograma da ONU prevê retirar gradualmente de lá até 2016 todos os militares estrangeiros que participam da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). O Brasil está no comando militar da missão.
"O convênio se deu pela fase que a PM do Rio está passando, a partir das UPPs. Esse projeto vai ao encontro do que o Haiti viu como necessário para implantar no processo de pacificação lá. Eles estão numa nova fase, na qual a polícia precisa se profissionalizar. E muito do que nós passamos aqui, com as UPPs, é necessário para que eles possam reformular sua polícia", explicou o coronel Robson Rodrigues, chefe do Estado Maior Administrativo da PM fluminense e ex-comandante das UPPs.
Em julho, uma comissão da Polícia Nacional haitiana virá ao Rio para conhecer de perto o projeto das UPPs, além de unidades especiais da PM fluminense, como o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Choque. A cada nova favela pacificada, os primeiros a ocuparem a área são justamente PMs desses batalhões devido ao risco de confronto com traficantes. Após a estabilização da comunidade, o Bope e o Choque saem para a inauguração da UPP, com policiais recém-formados.
"Além de conhecer o Bope, o Choque e as UPPs, eles também estão interessados em conhecer o nosso sistema de metas de redução de crimes e de formação de novos policiais. E depois nós iremos para lá, para fornecer informações e treinamento. Apesar de o Rio e o Haiti terem o mesmo contexto de conflagração, temos que respeitar as peculiaridades locais", disse o oficial.
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