PM recebe 600 queixas de barulho por dia em São Paulo

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Por AE
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Roubos, furtos e outros crimes graves não são mais a maior demanda da Polícia Militar (PM) nas noites de sexta-feira e sábado em São Paulo. Nesses dois dias, as ocorrências mais recebidas pelo telefone 190 estão relacionadas ao barulho: segundo dados do ano passado, corresponderam a 60% dos chamados. Em dias normais, esse índice é inferior a 10%. Segundo a corporação, 231 mil ligações foram recebidas em 2010, uma média diária de mais de 600 telefonemas ou 26 chamados por hora.Na lista das maiores queixas estão latidos, cantos de pássaros, festas na madrugada, bailes funk, gritos e até batuque com caixas de fósforo que são ouvidos através das paredes. No ano passado, os casos classificados como perturbação de sossego cresceram 226% em relação a 2006.O ritmo frenético das ligações faz a polícia reforçar a equipe de atendentes. "Empregamos nos fins de semana 50 policiais a mais, só por conta das ocorrências de perturbação de sossego", explica o capitão Emerson Massera Ribeiro, porta-voz da corporação. Segundo o oficial, perturbação do sossego é contravenção penal, cuja pena é de prisão de 15 dias a 3 meses ou multa. "Como é considerada de menor potencial ofensivo, geralmente acarreta penas alternativas."O capitão explica que a fiscalização dos casos de barulho em estabelecimentos comerciais é de competência da Prefeitura de São Paulo - mais especificamente do Programa de Silêncio Urbano, o Psiu. "Apesar disso, as pessoas ligam primeiramente para a PM, sendo orientadas pelos atendentes." Entre uma ligação e outra, nem todo pedido de "socorro" termina com envio de viatura. Isso porque a polícia só pode registrar a ocorrência se a vítima estiver disposta a ir até uma delegacia.Procurada, a Prefeitura informou que de janeiro de 2009 a janeiro deste ano a região da Sé é a recordista de reclamação, com 3.721 queixas. Em Pinheiros foram 3.129 chamados; na Vila Mariana, 1.777; na Mooca, 1.681; na Lapa, 1.638. As informações são do Jornal da Tarde.

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