
07 de junho de 2011 | 10h20
Na lista das maiores queixas estão latidos, cantos de pássaros, festas na madrugada, bailes funk, gritos e até batuque com caixas de fósforo que são ouvidos através das paredes. No ano passado, os casos classificados como perturbação de sossego cresceram 226% em relação a 2006.
O ritmo frenético das ligações faz a polícia reforçar a equipe de atendentes. "Empregamos nos fins de semana 50 policiais a mais, só por conta das ocorrências de perturbação de sossego", explica o capitão Emerson Massera Ribeiro, porta-voz da corporação. Segundo o oficial, perturbação do sossego é contravenção penal, cuja pena é de prisão de 15 dias a 3 meses ou multa. "Como é considerada de menor potencial ofensivo, geralmente acarreta penas alternativas."
O capitão explica que a fiscalização dos casos de barulho em estabelecimentos comerciais é de competência da Prefeitura de São Paulo - mais especificamente do Programa de Silêncio Urbano, o Psiu. "Apesar disso, as pessoas ligam primeiramente para a PM, sendo orientadas pelos atendentes." Entre uma ligação e outra, nem todo pedido de "socorro" termina com envio de viatura. Isso porque a polícia só pode registrar a ocorrência se a vítima estiver disposta a ir até uma delegacia.
Procurada, a Prefeitura informou que de janeiro de 2009 a janeiro deste ano a região da Sé é a recordista de reclamação, com 3.721 queixas. Em Pinheiros foram 3.129 chamados; na Vila Mariana, 1.777; na Mooca, 1.681; na Lapa, 1.638. As informações são do Jornal da Tarde.
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