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PMDB faz acordo e anuncia Eunício Oliveira como líder no Senado

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Por Redação
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A disputa pela liderança da bancada do PMDB no Senado, que poderia dividir os peemedebistas entre os colegas Romero Jucá (RO) e Eunício Oliveira (CE), foi encerrada nesta quarta-feira após um acordo que determinou a escolha de Oliveira para comandar os senadores do partido. Pelo acordo, divulgado por meio de nota do partido, Jucá abriu mão de disputar a liderança e aceitou concorrer à segunda vice-presidência do Senado e será o primeiro vice-líder da legenda na Casa. "Mais uma vez o PMDB demonstra sua unidade interna que tem proporcionado ao Brasil um quadro de estabilidade política fundamental para os avanços sócioeconômicos", segundo a nota sobre o acordo. A indicação sem disputa também é um ponto a favor do atual líder, senador Renan Calheiros (AL), que tentará voltar à presidência do Senado depois de ter renunciado ao cargo em 2007 em meio a uma série de denúncias e foi criticado por parte da cúpula peemedebista por não ter costurado um acordo no fim do ano passado. A eleição de Renan para a presidência é dada como certa entre os senadores, mas nos últimos dias tem crescido a resistência ao retorno do peemedebista ao comando da Casa. O PSDB, por exemplo, já tinha posição contrária à eleição de Renan e os tucanos devem se reunir na quinta-feira para definir se apoiarão um candidato alternativo. Há duas possibilidades de candidaturas adversárias a Renan: a do senador Pedro Taques (PDT-MT) e a do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Os dois têm conversado e um deles pode anunciar a desistência em favor do outro. O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), disse que é preciso haver resistência para demonstrar que a Casa não está integralmente de acordo com a eleição do peemedebista. "Mas sabemos que algumas dissidências não são suficientes para derrotá-lo", afirmou à Reuters. Nesta quarta-feira, os quatro senadores do PSB se reuniram e decidiram que não irão apoiar o PMDB se o candidato continuar sendo Renan. "Nossa preocupação é que o Senado não fique preso a uma agenda negativa", disse o futuro líder da bancada à Reuters, Rodrigo Rollemberg (DF). O PSB, porém, não deliberou sobre a possibilidade de apoiar uma das candidaturas alternativas. "Não acredito em derrota do Renan, o que pode haver é um bom senso do PMDB (para escolher outro candidato)", acrescentou Rollemberg. Apesar da resistência mesmo entre os aliados, Renan tem o apoio da presidente Dilma Rousseff, do PMDB e do PT, o que deve ser suficiente para vencer a eleição na sexta-feira. (Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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