PMs acusados da morte de Amarildo começam a ser julgados

Pedreiro de 43 anos desapareceu na noite de 14 de julho do ano passado, na Favela da Rocinha, zona sul do Rio

PUBLICIDADE

Por MARCELO GOMES
Atualização:

RIO - Está marcada para as 14h desta quinta-feira, 20, a primeira audiência de instrução e julgamento dos 25 policiais militares acusados de envolvimento no sumiço do pedreiro Amarildo Dias de Souza, de 43 anos, na Favela da Rocinha, zona sul do Rio. A vítima está desaparecida desde a noite de 14 de julho do ano passado, quando foi levado de sua casa à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade "para averiguação". O corpo de Amarildo jamais foi localizado.Foram arroladas nove testemunhas de acusação e 20 de defesa. Após os depoimentos de todas as testemunhas, os réus serão interrogados. O processo tramita na 35ª Vara Criminal do Rio.   Do total de 25 PMs denunciados, quatro respondem por tortura seguida de morte. Oito são acusados de omissão - teriam condições de parar a tortura e nada fizeram para cessá-la. Houve ainda 17 denunciados por ocultação de cadáver, quatro por fraude processual e 13 por formação de quadrilha.   Entre os acusados estão o major Edson Santos e o tenente Luiz Medeiros, então comandante e subcomandante da UPP Rocinha à época dos fatos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.