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Polícia do Rio procura executivo ligado a caso de venda ilegal de ingressos

A polícia do Rio de Janeiro está a procura de um executivo inglês suspeito de participação em esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, após a Justiça determinar sua prisão, informaram autoridades nesta quinta-feira. Raymond Whelan, diretor da empresa Match Services, ligada à Fifa, passou a ser considerado foragido após ter despistado a polícia e saído pela porta dos fundos do hotel Copacabana Palace, na capital carioca. "Equipes da 18ª DP (Praça da Bandeira), coordenadas pelo delegado Fabio Barucke, estiveram no Copacabana Palace Hotel, na tarde desta quinta-feira, para cumprir o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça contra Raymond Whelan", informou a Polícia Civil em comunicado por e-mail. "Segundo o delegado, o inglês fugiu pela porta dos fundos do hotel e já é considerado foragido." Investigações policiais nas últimas semanas apontaram para um esquema de venda ilegal de ingressos para partidas do Mundial, que levaram à prisão, em 1º de julho, de 11 acusados de integrarem uma quadrilha de atuação internacional. No último dia 7, a polícia prendeu também Whelan, executivo da Match Services, principal fornecedora de pacotes de viagem para o Mundial, que pagou 240 milhões de dólares pela exclusividade dos direitos de venda de pacotes corporativos de hospitalidade para as Copas de 2010 e de 2014, e que tem contrato vigente até 2022. Logo após sua prisão na segunda-feira, Whelan recebeu liberdade provisória da Justiça e foi libertado após pagar fiança. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou a denúncia à Justiça, nesta quinta-feira, contra todos os 12 suspeitos. Eles responderão por organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. A Justiça aceitou as denúncias e determinou a prisão preventiva de 11 dos acusados --a exceção foi o advogado José Massih, que colaborou com as investigações, informou o MP do Rio. Segundo a polícia, os outros suspeitos já estavam cumprindo prisão temporária. O grupo, que seria liderado pelo franco-argelino Mohamadou Fofana Lamine, esperava faturar cerca de 200 milhões de reais com a venda e revenda de ingressos no Mundial do Brasil, segundo as autoridades. Fofana tinha trânsito livre em eventos da Fifa e conseguia ingressos junto à Match para revendê-los por valores bem acima dos preços fixados pela entidade, segundo a polícia.

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Por Redação
Atualização:

(Reportagem de Sérgio Spagnuolo e Rodrigo Viga Gaier)

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