A Polícia Militar do Rio está em estado de alerta após dois homens numa moto terem atacado a tiros um carro do 17º Batalhão da PM usado no patrulhamento da Ilha do Governador, na zona norte do Rio, durante a madrugada deste sábado, 18, na Praia do Rosa.
Foi o quarto de uma sequência de ataques a policiais militares que começou na noite de quinta-feira. Ainda assim, o setor de inteligência da PM acredita que tenha sido um caso isolado.Na Ilha, os policiais que estavam dentro da patrulha não se feriram. Já na manhã de sexta-feira, o sargento Leopoldo Neves, de 43 anos, foi morto na porta de uma padaria, no bairro do Tanque, em Jacarepaguá, zona oeste. Quatro bandidos o surpreenderam com tiros de fuzil. O cabo Francis Pereira, de 32 anos, ficou ferido, assim como dois funcionários e um cliente da padaria.Também na sexta-feira PMs foram atacados na Avenida Brasil. Bandidos que fugiam depois de roubar uma moto atiraram contra militares do Batalhão de Polícia Rodoviária que encontraram pelo caminho. Eles chegaram a jogar uma bomba de fabricação caseira contra eles. O artefato acabou ferindo o motorista de um carro que passava pela via.Ainda na madrugada de sexta-feira, uma cabine da PM em São João do Meriti, na Baixada Fluminense, foi alvo de tiros de fuzil, mas não houve feridos. Na quinta à noite, em Bonsucesso, na zona norte, duas patrulhas do batalhão da Maré também foram alvo de tiros e um policial foi atingido de raspão na cabeça.Ao comentar os incidentes, ontem, o governador Sérgio Cabral, candidato à reeleição, creditou os incidentes a uma represália dos bandidos às ações do Estado no combate ao tráfico de drogas.
"Era natural que houvesse uma movimentação e, com a chegada da eleição, isso está sendo aguçado. São grupos organizados ainda enclausurados em algumas comunidades, fazendo movimentos de pânico para gerar intranquilidade na cidade."