Polícia ouve depoimentos sobre morte de cantor

PUBLICIDADE

Por Ricardo Brandt
Atualização:

A Polícia Civil começa a ouvir a partir desta quarta-feira, 10, os depoimentos de familiares e da equipe que acompanhava o cantor de funk Daniel Pellegrine, de 20 anos, mais conhecido como "MC Daleste", morto com um tiro durante uma apresentação na noite de sábado, 6, em Campinas (SP).Nesta terça-feira, a polícia divulgou que "MC Daleste" pode ter levado um tiro de raspão na axila, antes de ser atingido pelo disparo fatal, que transfixou o corpo dele. Imagens enviadas para a Delegacia de Homicídios por pessoas que filmavam a exibição mostram o momento em que ele sente o tiro que passou de raspão, mas continua a cantar.Logo em seguida, "MC Daleste" é atingido no abdome, cerca de dez minutos após o início da apresentação, e cai no palco. O cantor de funk participava de uma quermesse num condomínio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), no bairro San Martin, periferia de Campinas, quando foi morto, às 22h40 de sábado.As duas principais hipóteses investigadas pela polícia são de que "MC Daleste" foi vítima de um crime passional ou motivado por um desentendimento por causa do show, afirmou o delegado de Homicídios de Campinas Rui Pegolo. Com os depoimentos da família e dos amigos, a polícia espera montar o perfil do cantor e descobrir possíveis rivais e desafetos. "Apuramos se ele teve alguma relação com uma menina de Campinas e o namorado teria tomado conhecimento e também se houve algum desentendimento antes do show com os organizadores em relação ao total de músicas que seria apresentada", afirmou.Também não está descartada a possibilidade de um rival ter tirado proveito do momento para executar "MC Daleste" na tentativa de despistar a polícia. Nenhuma cápsula ou projétil foram encontrados no loca do crime até agora. "Sabemos apenas que foi um atirador experiente", afirmou Pegolo. Nesta segunda-feira, 8, foi ouvido um dos organizadores do evento, ligado à associação de bairro do San Martin, mas o nome não foi divulgado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.