
23 de fevereiro de 2012 | 08h16
Entre os que já foram identificados pela polícia como participantes do tumulto estão Alexandre Salomão, o Teta, da Camisa Verde e Branco, e Darly Silva, o Neguitão, presidente da Vai-Vai. "Eles serão chamados para prestar depoimento e poderão ser indiciados", afirmou o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, que também atua na Deatur. Os dois não foram encontrados ontem para comentar as suspeitas.
Cenas de TV são a base da investigação policial. "Há imagens claras de dirigentes conversando e se dirigindo alguns minutos antes da invasão para os portões. Essas pessoas estavam envolvidas diretamente no episódio", afirmou o delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, titular da Divisão de Portos, Aeroportos e Proteção ao Turista. Entre os filmados conversando antes da ação estão Tiago Ciro Tadeu Faria, de 29 anos, da Império de Casa Verde, que rasgou as notas, e uma pessoa ainda não identificada com roupa da Gaviões da Fiel.
O delegado afirma que a polícia já tem provas para indiciar pelo menos mais duas pessoas por supressão de documentos e dano ao patrimônio público, os mesmos crimes pelos quais respondem Faria e Cauê Santos, de 20 anos, da Gaviões da Fiel, que já estão presos. Outras quatro ainda têm sua participação na confusão investigada. De acordo com o delegado Lima e Silva, já havia informações sobre uma tentativa de "melar" a apuração. Por causa disso, o policiamento teria sido reforçado durante o evento. No entanto, a invasão ocorreu em uma área onde não poderia haver policial para não atrapalhar a transmissão dos resultados pela imprensa.
O major Alexandre Gasparian, que supervisiona o policiamento de Choque da Polícia Militar no Anhembi, afirmou que o efetivo destacado para o evento foi maior do que o usado para alguns clássicos de futebol. "Não diria que é pouco um efetivo de 160 policiais, em uma parte interna, para um público de menos de 3 mil pessoas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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