Policial é morto em conflito com militantes antes de eleição na Tunísia

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Por HEBA AL-SHIBANI
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Um policial tunisiano foi morto e outro ficou ferido nesta quinta-feira quando forças de segurança entraram em confronto com militantes islâmicos na periferia de Túnis, três dias antes das eleições parlamentares que os eleitores esperam que leve o país rumo à democracia plena. Negociadores da polícia no subúrbio de Oued Ellil, no oeste de Túnis, tentavam convencer os militantes a se entregar depois que a casa em que eles estavam foi cercada após uma pesada troca de tiros, disseram policiais e uma testemunha da Reuters. Forças de segurança fortemente armadas usaram gás lacrimogêneo para forçar, pelo menos, dois militantes suspeitos a sair da casa, onde, segundo autoridades, diversas mulheres e crianças estavam sendo mantidas. "Pedimos a eles para deixarem as mulheres e crianças saírem, mas eles se recusaram... são membros da família", disse o porta-voz do Ministério do Interior, Mohammed Ali Aroui, a repórteres. "Temos que ser cuidadosos nesse contexto." A Tunísia tem sofrido para controlar islâmicos radicais e jihadistas que se opõem à transição para a democracia depois da queda, em 2011, de Zine el-Abidine Ben Ali, e as forças militares reprimiram duramente os militantes no período próximo às eleições. A segurança e o desenvolvimento econômico são as principais preocupações dos eleitores tunisianos que esperam que a eleição consolide a democracia no país depois de anos de disputas que quase inviabilizaram o processo de transição. A Tunísia também fechou nesta quinta-feira as fronteiras com a Líbia para a maior parte do tráfego como medida de segurança, conforme disseram autoridades. Com a Líbia sofrendo para conter os militantes islâmicos e facções armadas, vizinhos como a Tunísia estão preocupados com as fronteiras. Aroui disse que, nos ataques preventivos, as forças de segurança também capturaram dois militantes suspeitos em Kebeli, no sul da Tunísia, que tinham relações com o grupo em Oued Ellil.

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