Preço de fertilizantes continua em alta

Os quatro principais ingredientes estão até três vezes mais caros, em comparação à cotação de janeiro de 2007

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Por Fabiola Gomes
Atualização:

A forte alta nos preços dos fertilizantes em janeiro de 2007 repetiu-se no início deste ano. O movimento comprova a tese de especialistas de que os preços seguirão firmes, mesmo após a disparada registrada no ano passado. Dados da indústria mostram que, entre os preços de quatro principais ingredientes, apenas a uréia teve ligeira redução. O DAP, negociado por US$ 270 a tonelada em janeiro de 2007, encerrou o mês passado em US$ 800/tonelada. O superfosfato triplo passou de US$ 230 para US$ 660/tonelada no período e o cloreto de potássio avançou para US$ 430, ante US$ 180/tonelada do ano passado. A uréia foi comercializada por US$ 400, ante os US$ 450/tonelada do segundo semestre, mas acima dos US$ 310/US$ 320/tonelada de janeiro de 2007. Uma fonte do setor observa que o movimento de alta ocorre justamente no período de pré-plantio no Hemisfério Norte, onde estão os maiores consumidores. Dados referentes a 2006 da Associação Internacional da Indústria de Fertilizantes mostram que o Brasil consome 8,9 milhões de toneladas. A China, 47,7 milhões de toneladas, seguida da Índia, com 20,1 milhões de toneladas, e Estados Unidos, com 19,5 milhões de toneladas. Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o estoque de passagem é de 4 milhões de toneladas. ''''Se o ritmo de preços for o mesmo do que no ano passado, teremos uma forte alta, seguida de uma alta menor. Não houve queda de preços em 2007'''', afirma a fonte.

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