Prefeitura do Rio faz cadastro das famílias desabrigadas

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Por Roberta Pennafort
Atualização:

Cerca de 500 pessoas acampadas em frente à sede da prefeitura do Rio, na Cidade Nova, no centro, que estavam no prédio da empresa de telefonia Oi, desocupado na última sexta-feira, 11, formavam longas filas na tarde desta segunda-feira, 14, para embarcar em vans da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS).O destino é um dos quatro postos de cadastramento na zona norte onde os nomes serão registrados para análise. Aqueles que comprovadamente não tiverem residência serão incluídos em projetos municipais.A maior parte do grupo aceitou o acordo proposto pela secretaria para a saída da frente da Prefeitura, mas muita gente está desconfiada de que de nada vai adiantar desmontar o acampamento e ter o nome cadastrado. "Meu medo é de ter ficado aqui (acampada na frente da Prefeitura) esse tempo todo à toa", disse a dona de casa Aída Barbosa, de 50 anos. Os descontentes acreditam que a desmobilização vai enfraquecer o movimento e, com isso, será mais difícil conseguir casas para todos.Mais cedo, a secretaria informou, por meio de nota, que quatro Centros de Referência de Assistência Social (Cras) na zona norte fazem o cadastramento das famílias para inclusão em programas sociais municipais. Segundo a nota, a prefeitura oferece transporte para os desabrigados chegarem aos Cras no Lins de Vasconcelos, Manguinhos, Engenho de Dentro e Cachambi, bairros nos arredores do Engenho Novo, onde fica o terreno da empresa de telefonia Oi."A Prefeitura do Rio permanece em diálogo constante com as famílias. As conversas estão sendo conduzidas pessoalmente pelo vice-prefeito e secretário municipal de Desenvolvimento Social, Adilson Pires. Durante todo o fim de semana, diversas reuniões foram realizadas entre representantes da prefeitura e das famílias. Ontem, foi montado um posto avançado em São Cristóvão, para atendê-las, mas ninguém compareceu", diz a nota."Na sexta-feira, 11, equipes de assistentes sociais estiveram no terreno no Engenho Novo, mas apenas 177 pessoas aceitaram apoio. Os custos da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) e da Seconserva (Secretaria Municipal de Conservação)na operação de desocupação serão repassados para a Oi, proprietária do terreno, a fim de que o município seja ressarcido", completa a nota.

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