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Presidenciável rejeitado diz que reformas na Fifa deixarão novo líder impotente

Por Brian Homewood

Por Reuters
Atualização:

ZURIQUE (Reuters) - O líder africano impedido de concorrer à presidência da Fifa por ter sido vetado em um exame de integridade disse que os delegados devem rejeitar as reformas propostas para a entidade, atualmente assolada por um escândalo de corrupção, já que elas deixariam o novo presidente impotente.

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Musa Bility, chefe da federação de futebol da Libéria e um dos líderes mais desbocados do futebol africano, também previu que metade dos votos do continente na eleição presidencial da Fifa vai para o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, e não para o xeique Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, do Barein.

    As 209 associações nacionais da Fifa detém um voto cada na eleição que irá escolher o sucessor de Joseph Blatter, que foi afastado por oito anos devido a violações éticas.

Antes da votação, que ocorrerá em um congresso especial da organização, as associações serão convocadas para aprovar um pacote detalhado de reformas, incluindo limites aos mandatos de altos dirigentes e a revelação de seus ganhos, com o objetivo de evitar uma repetição do escândalo de corrupção que mergulhou a Fifa na pior crise de seus 112 anos de história.

    Bility, vestindo uma camisa vermelha e branca da seleção liberiana sob o paletó, disse que a Fifa está colocando o carro à frente dos bois.

    "Estas reformas enviam um sinal muito equivocado... de que teremos um presidente que não terá toda a autoridade do presidente da Fifa", afirmou ele aos Reuters.

"Vamos nos concentrar em escolher a pessoa certa, alguém em quem confiamos, alguém em quem acreditamos, e confiar a organização a esta pessoa, e depois deixar que essa pessoa conduza a reforma", disse.

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    "Não devemos cometer o erro de escolher pessoas erradas e corrigir esse erro adotando leis que irão impedir a autoridade do presidente", acrescentou Bility.

    A Confederação Africana de Futebol (CAF) disse que irá apoiar o xeique Salman. A votação é secreta e a CAF não pode obrigar as 54 associações africanas a seguirem o exemplo, mas Bility disse que elas não votarão em bloco.

    "Tenho certeza de 27 votos da CAF para Ali, e (o candidato suíço) Gianni (Infantino) está fazendo um esforço muito grande na África, seu pessoal está aqui", disse Bility.

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