Presidente da Funai condena agressão a engenheiro

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Por Leonencio Nossa
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O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, disse há pouco ter visto com "revolta" a agressão ao engenheiro Paulo Fernando Rezende, da Eletrobrás, por índios caiapós, ontem, em Altamira, no oeste do Pará. Ao chegar para encontros com assessores e técnicos do Palácio do Planalto, avaliou que o episódio "prejudica" os interesses das comunidades indígenas. "Havia um clima de tensão e, naquele calor, houve aquela atitude, que não é recomendável, não leva a nada e só prejudica", afirmou. Márcio Meira ressaltou que a atitude dos caiapós foi um ato isolado injustificável, que pode ocorrer em situações envolvendo brancos ou índios. "Não há justificativa em hipótese alguma para o uso da violência, seja de quem for", disse. "O mecanismo para debater ações do Estado no regime democrático se dá pelo diálogo. A Funai sempre procurou o diálogo com os caiapós e vai continuar dialogando", completou. O presidente da Funai defendeu a proposta do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de criar uma guarda ambiental para combater o desmatamento na Amazônia. "Vou procurá-lo para que essa força conte com o apoio da Funai, que possa atuar na proteção das terras indígenas", declarou. Disse ainda esperar uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal à demarcação em área contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. "A terra indígena foi homologada e existem seis arrozeiros ilegalmente lá. Eles (arrozeiros) usaram bombas contra os índios. Espero que o Supremo ajude a pacificar a região", concluiu.

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