Presidente da Ucrânia diz não ver solução militar para crise no leste do país

Petro Poroshenko reiterou que manutenção do cessar-fogo permitiria reconstrução da economia da região

PUBLICIDADE

Por GARETH JONES E PAVEL POLITYUK
Atualização:
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko em visita ao porto de Mariupol, no leste da Ucrânia 

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse nesta sexta-feira que não poderá haver solução militar para a crise de seu país e que espera que o cessar-fogo "muito frágil" no leste ucraniano se mantenha, permitindo que ele se concentre na reconstrução da economia destroçada pelo conflito.

PUBLICIDADE

Poroshenko também afirmou que a nova onda de sanções da União Europeia contra a Rússia demonstrou a solidariedade ocidental para com Kiev, e que os Parlamentos da Ucrânia e da UE poderiam ratificar no dia 16 um acordo estabelecendo relações econômicas e políticas mais estreitas.

As forças ucranianas vêm lutando contra os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia há cinco meses, em um conflito no qual mais de 3.000 pessoas foram mortas.

Os dois lados vêm cumprindo, de modo geral, um cessar-fogo desde sexta-feira da semana passada, apesar de violações esporádicas.

"Não há solução militar para a crise", afirmou Poroshenko a parlamentares e empresários da UE e da Ucrânia na conferência anual da Estratégia Europeia de Ialta - realizada desta vez em Kiev, não em Ialta, por causa da anexação da província ucraniana da Crimeia pela Rússia.

"Espero que o processo de paz muito frágil, mas eficiente, que começou exatamente há uma semana, tenha uma continuação, para a paz estável e a segurança no continente", disse ele.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.