PUBLICIDADE

Presidente do Quênia diz que não vai permitir genocídio no Sudão do Sul

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente do Quênia disse que não vai deixar que o conflito do país vizinho Sudão do Sul se transforme em um genocídio, embora ele não tenha falado claramente de qualquer ação para dar fim ao crescente massacre étnico. Quatro meses de combates entre governo e rebeldes no mais jovem país do mundo têm levantado temores de que possa acontecer um conflito mais amplo, que poderá desestabilizar uma região frágil e forçar mais centenas de milhares de refugiados a atravessarem as fronteiras. Uganda, outro vizinho do produtor de petróleo Sudão do Sul, já enviou tropas para apoiar o governo. O bloco regional IGAD, que está intermediando as problemáticas negociações de paz, disse que vai realizar uma reunião nos próximos dias para "considerar as opções". "Nos recusamos a testemunhar tais atrocidades e permanecer impotentes e sem esperanças enquanto isso acontece", disse o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, em um comunicado divulgado na sexta-feira à noite. "Nós rejeitamos especialmente a possibilidade de que estejamos nos arrastando de novo em direção a um genocídio na nossa região. Não vamos ficar parados, permitindo que isso aconteça." Os confrontos começaram em dezembro entre as tropas leais ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e ao ex-vice-presidente Riek Machar. Os confrontos se espalharam rapidamente para além da capital, frequentemente colocando os Dinka, partidários de Kirr, contra os Nuer, partidários de Machar. A ONU disse que os rebeldes mataram centenas de civis quando capturaram a cidade de Bentiu, no início do mês, caçando homens, mulheres e crianças que tinham procurado refúgio em um hospital, em uma mesquita e em uma igreja católica. Os rebeldes negaram as acusações. (Por Richard Lough)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.