Presidentes do oeste da África conversam com líder militar de Burkina Fasso

Comunidade internacional faz pressão para que um civil assuma o comando da transição após a renúncia do ex-presidente Blaise Compaoré

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Por Redação
Atualização:
Líderes africanos buscam uma transição liderada por civis após a renúncia do ex-presidente Blaise Compaoré Foto: Issouf Sanogo/AFP

Uma delegação de presidentes de países do oeste africano iniciou conversas com o novo líder militar de Burkina Fasso nesta quarta-feira, a fim de buscar uma transição liderada por civis após a renúncia do ex-presidente Blaise Compaoré na semana passada.

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O presidente de Gana, John Dramani Mahama, atual líder do bloco regional do oeste africano Cedeao, encontrou-se brevemente a portas fechadas com o tenente-coronel Isaac Zida, que foi apontado como presidente interino pelo Exército no sábado.

Mahama, desde estão, realizou consultas com o representante especial da ONU para o oeste africano, Mohammed Ibn Chambas, e com o presidente da comissão da Cedeao, Kadre Desire Ouedraogo, ele próprio de Burkina Fasso.

O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, e o presidente do Senegal, Macky Sall, também chegaram a Burkina Fasso na quarta-feira a convite de Mahama, como parte de uma delegação de líderes da Cedeao.

Os três presidentes devem realizar conversas conjuntas com os principais atores políticos de Burkina Fasso nesta quarta-feira.

Zida anunciou a suspensão da Constituição de 1991 de Burkina Faso após as manifestações que forçaram a saída de Campaore na sexta-feira, ele que estava há 27 anos no cargo. Manifestantes haviam tomado as ruas na quinta-feira, quando Campaore tentou forçar pelo parlamento uma reforma que o permitiria buscar a reeleição no ano que vem.

Os militares também dissolveram a Assembleia Nacional e impuseram um toque de recolher.

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Em meio à crescente pressão internacional para que um civil assuma o comando da transição, Zida prometeu, na segunda-feira rapidamente ceder o poder para um governo transitório e apontar um novo chefe de Estado.

(Por Mathieu Bonkougou e Nadoun Coulibaly)

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