Preso, ex-premiê de Portugal rejeita acusações "absurdas' de corrupção

Analistas dizem que as acusações podem prejudicar as esperanças do partido Socialista de vencer as eleições parlamentares no ano que vem

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
O ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates Foto: Divulgação

O ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, preso na semana passada sob acusações de corrupção e fraude fiscal, disse nesta quinta-feira que as acusações contra ele não tinham fundamentos e que sua prisão foi uma “humilhação gratuita”.

PUBLICIDADE

A prisão de Sócrates na semana passada abalou Portugal. Alguns analistas dizem que as acusações podem prejudicar as esperanças de seu partido Socialista, de oposição, atualmente à frente nas pesquisas de opinião, de vencer as eleições parlamentares no ano que vem.

Sua prisão foi a primeira envolvendo um ex-primeiro-ministro de Portugal em período democrático e seguiu outros grandes casos neste ano, à medida que procuradores e juízes intensificam a luta contra corrupção em um país conhecido por seu lento sistema judiciário.

Em um carta enviada ao jornal Público e à rádio TSF por meio de seu advogado, Sócrates escreveu: “Em minha legítima defesa, eu vou refutar as mentiras contadas e fazer com que aqueles que as iniciaram respondam por isso”, através do Judiciário.

“Minha prisão e meu interrogatório foram um abuso... as acusações contra mim são absurdas, injustas e sem fundamentos, a decisão de me colocar em custódio preventiva é injustificada e representa uma grande humilhação”, escreveu.

Seu advogado disse que ele entrará com uma apelação. Após um interrogatório de três dias, Sócrates foi acusado, na segunda-feira, de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

A condenação por corrupção pode chegar a até oito anos de cadeia.

Publicidade

Sócrates comandou Portugal entre 2005 e 2011.

(Por Andrei Khalip)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.