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Preso um dos acusados de matar jovem na Rocinha

Por Felipe Werneck
Atualização:

Um dos acusados pela morte e desaparecimento da jovem Luana Rodrigues de Souza, de 21 anos, na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, apresentou-se hoje na sede da 41ª DP (Tanque), zona oeste da cidade. Acompanhado de um advogado, ele foi preso devido a um mandado de prisão temporária pendente, expedida pela 3ª Vara Criminal da Capital. Ele negou o crime e o atribuiu a um homônimo.A morte de Luana é investigada pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio. Além de Souza, os outros suspeitos são o ex-chefe do tráfico na Rocinha Antônio Bonfim Lopes, o Nem; Anderson Rosa Mendonça, o Coelho; Ronaldo Patrício da Silva, o Ronaldinho; Thiago de Souza Cherú, o Dorei; e Rodrigo Belo Ferreira, o Rodrigão. Em maio, Luana saiu de sua casa, na Estrada das Canoas, em São Conrado, e foi à Favela da Rocinha. Nunca mais foi vista. As investigações da DH dão conta de que ela vendia drogas fora da comunidade. Hoje, quatro dias após a Rocinha ter sido ocupada pelas forças de segurança desde domingo para a implantação da 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), a presença de servidores públicos e funcionários de concessionárias era grande. A passarela da favela, projetada por Oscar Niemeyer, recebeu a primeira lixeira da prefeitura, igual às que estão espalhadas pela cidade.A Light, concessionária de energia elétrica, instalou pela manhã uma agência móvel, equipada com laptops e impressoras, no tradicional Largo do Boiadeiro, embaixo de um poste que sustentava um emaranhado de fios. Até meio-dia, apenas 30 moradores haviam entrado na fila. Um funcionário da Light distribuía panfletos informando que gato (ligação clandestina) é crime e sobre a "tarifa social" de energia elétrica.A formalização da Rocinha tem preço. A aposentada Francisca das Chagas Pereira, 60 anos, disse que usava o gatonet (TV a cabo clandestina) há 11 anos. Pagava R$ 35 por mês por 58 canais. A central foi cortada. "Estamos sem TV. Meu marido adora ver filme", disse ela, que achou caro o preço cobrado por operadoras de TV por assinatura, que distribuíram dezenas de vendedores pelas ruas da favela. Policiais apreenderam munição, dez granadas, um fuzil e um equipamento de meia tonelada usado para prensar maconha.Colaborou Pedro Dantas

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