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Procurador quer anulação do Enem e apuração de falhas

Por CARMEN POMPEU
Atualização:

O procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, pediu hoje a anulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "A prova tem que ser nula, independentemente de qualquer coisa", afirmou o procurador, que defende uma apuração criteriosa das responsabilidades pelas falhas.O procurador afirmou que não houve critério para escolha dos fiscais, nem treinamento para aplicação da prova. "Eles foram escolhidos informalmente. Não tinha sequer um ofício formalizando isso, como deveria ser a escolha. Era um procedimento totalmente improvisado," criticou. "Eu não posso colocar raposa para tomar conta do galinheiro".Costa Filho disse que o contrato com a gráfica RR Donnelly está sob suspeita. "Os responsáveis têm que pagar pelo que fizeram. Temos que questionar a dispensa de licitação. É um contrato milionário (R$ 68,6 milhões). Não pode ser atribuída idoneidade técnica a isso. Nós estamos defendendo a ilegalidade desse contrato", afirmou.O procurador também lembrou que o caso do jornalista que enviou o tema da redação para o jornal, em Pernambuco, durante a realização da prova, "escancara" a vulnerabilidade e a insegurança da aplicação do exame. Segundo o procurador, o jornalista está sujeito a ser incriminado. Na sua opinião, houve falta de segurança na aplicação do Enem. "O exame foi cercado de segurança na retórica. O Exército só substituiu os Correios naquelas localidades onde os Correios não tinham acesso".

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