Professora e aluna brigam por causa de celular

Faap abriu sindicância para apurar confusão em curso de Direito; mensalidade custa R$ 2 mil

PUBLICIDADE

Por Leandro Calixto e JORNAL DA TARDE
Atualização:

Um aparelho celular desencadeou uma briga entre uma aluna e uma professora de Direito na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), localizada no Pacaembu, zona oeste da capital. A estudante, de 21 anos, acusa uma professora do sexto período de arrancar o celular de sua mão e de a empurrar no chão durante uma discussão. A Faap é uma das mais tradicionais e caras faculdades de São Paulo. A mensalidade do curso de Direito custa R$ 2.490.À direção da faculdade, a aluna disse que a docente desconfiou que ela estava utilizando a memória do celular para copiar as questões de uma prova.Em nota oficial, a Faap informou que abriu sindicância administrativa para apurar a denúncia. Disse também que, após as investigações, os responsáveis serão punidos. Os nomes da aluna e da professora não foram divulgados.De acordo com testemunhas, a discussão começou quando a professora percebeu que a aluna não parava de mexer em seu aparelho celular durante prova aplicada na manhã de segunda-feira. Desconfiada, a professora pediu para a universitária se levantar. Em seguida, ela pegou o aparelho e mexeu nos arquivos, ainda segundo testemunhas.Indignada, a aluna tentou tirar o celular das mãos da professora. Houve um empurra-empurra entre as duas e o aparelho caiu no chão. A discussão durou ainda mais 15 minutos. Foi necessário que os outros alunos interviessem para conter os ânimos das duas. Um diretor da faculdade chegou a ir à sala de aula para separá-las. CONSTRANGIMENTOUm estudante do quinto período que não quis se identificar mostrou-se envergonhado com o episódio. "É lamentável uma postura dessa, tanto da parte da aluna quanto da professora. Fazer um barraco desse tipo só denigre a imagem da nossa faculdade", disse. Outro universitário, também do curso de Direito, disse que a briga entre a professora e aluna foi o assunto mais comentado entre os alunos da instituição nos últimos dias. "Todo mundo diz que houve exagero das duas. Tudo poderia ter sido evitado", disse o universitário, que também não quis se identificar com medo de represálias.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.