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Promotor diz que madrasta é 'barril de pólvora'

Por GABRIEL PINHEIRO E FABIANA MARCHEZI
Atualização:

Durante a primeira parte da réplica da acusação, o promotor Francisco Cembranelli afirmou que Anna Carolina Jatobá, acusada de participar da morte de Isabella Nardoni, "é um barril de pólvora prestes a explodir." Ele voltou a acusar a ré de ter agredido a vítima por ciúmes. A decisão dos jurados deve sair à 1h deste sábado.O promotor lembrou que Isabella era muito parecida com a mãe, o que teria despertado a ira da madrasta. "Todas as brigas tinham o mesmo motivo: o ciúme doentio que Jatobá tinha de Ana Carolina."Com a ausência de provas periciais contra a madrasta, Cembranelli se esforçou para traçar ao júri o perfil psicológico da acusada. Disse que ela se referia à mãe da menina como "aquela vagabunda" e destacou que há pessoas que sofrem "transtorno temporário" por alguma razão. "Era ela quem esmurrava vidraças, esmurrava o marido, atirava o filho no berço", acrescentou. "Estou mostrando que há uma prova evidente de que ela poderia fazer o que fazia habitualmente: agredir as pessoas."Sobre o fio de cabelo encontrado na cena do crime, que a defesa expôs hoje como uma das provas que não foram periciadas, Cembranelli questionou: "se fosse algo tão importante, por que não pediram DNA antes?". "A defesa trabalha com a dúvida", completou.SegurançaA Polícia Militar planeja reforçar seu efetivo em frente ao Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, para o fim do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Desde o início do júri, 34 PMs se revezam 24 horas para garantir a segurança nos arredores do prédio. Com o reforço, o número pode subir para 50 homens.A intenção é resguardar a integridade física dos réus, de suas famílias, da promotoria, dos advogados de defesa, dos jurados e do próprio juiz. Nesta noite, cerca de 150 pessoas, entre jornalistas e manifestantes, continuavam aglomerados na frente do fórum.

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